terça-feira, 4 de outubro de 2016

    PARECIA   IMPOSSIVEL MUDAR....

Tudo começou quando eu tinha 6 anos e fui abusada sexualmente por um amigo da família, ele tinha uns 30 anos. Minha família achava que ele era bom, porém, ele me ameaçava e falava para eu não contar nada, que ele era meu amigo e iria cuidar de mim. Aos 7 e 12 anos fui abusada novamente. Achava que era normal. Ele abusava de mim e das minhas amigas e nos dava dinheiro para não contarmos a ninguém. Com 13 anos achei que minha vida iria mudar, mas piorou. Conheci um rapaz que foi meu primeiro namorado, e tive a minha primeira relação. Meus pais não aceitavam, pois ele era mais velho. Além de brigarmos muito, ele me traía. Ficamos uns 5 anos juntos. Revoltada com a situação passei a ser uma mulher ruim. Comecei a traí-lo com os amigos dele.
Em uma festa, conheci meu atual esposo. Ele era usuário de drogas, vivia nas esquinas. E então comecei a usar drogas junto com ele, achando que iria agradá-lo. Fui me destruindo nas bebidas. Não queria saber de mais nada, só de usar drogas. Foi passando o tempo e nos casamos. As brigas eram constantes, não apenas verbais, mas também físicas. Chegamos até a brigar de faca e já tentei matá-lo. Acabamos nos separando.
Queria ser modelo, gostava de tirar fotos sensuais e postar nas redes sociais. Conheci umas amigas que me apresentaram o mundo de luxo e fama. Comecei a frequentar boates e a usar mais drogas. Essas meninas eram modelos, dançarinas e acompanhantes de luxo. Comecei a entrar para esse mundo. Ficava fascinada vendo os carros delas, os objetos pessoais e desejava tudo aquilo. Mas no fundo era muito triste, depressiva, brigava com todo o mudo, com meus pais, irmão, amigos, até com o vento, se deixasse. Fazia fotos e clipes, qualquer coisa para sair nos jornais. Queria muito ser famosa a qualquer preço. Decidi ser dançarina em um grupo de funk, comecei a malhar pesado, usar roupas curtas, mostrando quase tudo. Queria ser o centro das atenções. Gostava de provocar os homens casados e seduzi-los. Deixava minha filha e meu esposo em casa durante semanas.
Viajava muito, achava o máximo andar de avião, dormir nos hotéis e comer de tudo. A fama era meu sonho. Nos shows, fazia o que o MC mandava. Eu queria ser a melhor, a mais atraente, sem medir as consequências. Homens e mulheres achavam que eu era garota de programa, queriam negociar o preço e assim me sentia humilhada, pois eu era só dançarina. Um dia recebi uma proposta para uma casa noturna de striptease, era só pra dançar e fui, pois estava precisando de dinheiro. Depois me senti suja, humilhada, rebaixada e, no final, tive que beber com os clientes para ganhar mais. Foi humilhante, me senti a pior mulher.
Comecei a me envolver com mulheres, pois não acreditava mais nos homens. Virei MC, fazia shows. Entrei de cabeça na fama, não tinha nada a perder. Comecei a me divulgar em qualquer lugar. Eu queria ser famosa e me inscrevia para todos os concursos, até para “o miss bumbum”. Tirava fotos seminuas e postava nas redes, queria ganhar muitas curtidas e comentários. Era viciada na internet e nas redes sociais. Perdi minha dignidade e respeito, ninguém mais acreditava em mim.
Passaram-se os anos e fui desanimando, não achava mais graça em nada. Entrei em depressão, não queria nem levantar da cama, deixava minha filha passar fome. Eu a maltratava muito, queria matá-la. Meu ex-marido na época não ajudava muito, pois ele usava drogas e não sobrava dinheiro. Era preciso que uma amiga me levasse comida. Planejei minha morte por diversas vezes, sonhava dia e noite em como me matar. Via vultos, sentia a presença de pessoas que morreram. Falava com eles e sentia uma dor de cabeça muito forte todos os dias. Os médicos diziam que estava depressiva.
Eu era muito vazia, e em um dos dias que planejei a minha morte, minha mãe chegou a minha casa, viu que eu não estava bem e me fez prometer a ela que não iria fazer nada. Fui para o trabalho de manicure com ela. Chegando lá, fui pesquisar na internet como se matar mais rápido. Estava tudo programado para a noite. Então chegou uma cliente e se sentou, fiz a unha dela e vinha à minha mente uma voz dizendo para furá-la e rasgá-la. Só que aquela senhora começou a contar seu testemunho de vida, que lutou muito para viver e que Deus a salvou. Naquele momento todos os pensamentos foram embora, cheguei em casa e chorei muito. Liguei a TV, mudei de canal e estava passando o programa Ponto de Fé, da Igreja Universal. No final do programa, bebi aquela água da oração e fui aliviada, nem sabia o motivo pelo qual estava chorando.
Então, fui à Igreja Universal, lutei durante 3 meses e me libertei. Conheci o Força Jovem Universal, que me ajudou a vencer meus medos e complexos. O FJU acreditou em mim e me ensinou o que é ser um jovem visionário. Não tenho mais depressão, não sinto mais dor de cabeça e sou muito feliz. Recuperei meu respeito e minha dignidade. Fui batizada nas águas, nasci de novo. Tive um encontro com Deus e recebi o Espírito Santo. Hoje vivo muito bem com meu esposo e minha família. Meu esposo se libertou, não usa drogas e está na mesma fé.
Lorena

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